No último dia 21 de setembro foram celebrados o Dia Mundial Prevenção da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Essa é uma data importante, que serve de alerta para a necessidade de conscientizar a população sobre sinais de alerta e a necessidade de buscar atendimento, superando a invisibilidade do tema e o estigma associado às demências.
Várias atividades e eventos foram realizados pelo país, a fim de apoiar as pessoas com demência e suas famílias. Essas ações também visam incentivar políticas públicas, que priorizem o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento.
O Ministério da Saúde ressalta a importância do diagnóstico precoce, como medida fundamental para oferecer melhores estratégias de cuidados e evitar a progressão acelerada dessa doença neurodegenerativa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
O Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (Re)conhecimento e Projeções Futuras*, divulgado na 6ª f, dia 20 SET, pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais vive com a Alzheimer. Esse número representa cerca de 2,71 milhões de casos, com uma projeção de que esse número chegue a 5,6 milhões até 2050.
Perto de 45% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ou retardados, devido a fatores como baixa escolaridade, perda auditiva, hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, depressão, inatividade física e isolamento social. A promoção da saúde ao longo da vida é essencial na prevenção. Outro fator importante é o estigma associado à doença, que impacta negativamente a busca por diagnóstico e tratamento.
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, caracterizada pela perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas. Essa condição afeta principalmente pessoas idosas, mas também pode ocorrer em pessoas mais jovens.
Sintomas do Alzheimer
Os sintomas da doença podem variar em cada pessoa e progridem gradualmente. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
– Perda de memória, dificuldade para lembrar fatos recentes, nomes ou lugares.
– Desorientação, dificuldade para encontrar lugares familiares ou se perder em rotas conhecidas.
– Problemas de linguagem, em encontrar as palavras certas, repetir as mesmas frases ou falar coisas sem sentido.
– Alterações de humor e comportamento, como irritabilidade, ansiedade, depressão ou apatia.
– Dificuldade em realizar tarefas cotidianas, como dirigir, cozinhar ou administrar as finanças.
Fatores de Risco
Embora a causa do Alzheimer ainda não seja totalmente conhecida, alguns fatores de risco estão associados à doença, como idade e histórico familiar, entre outros. O risco aumenta significativamente com a idade, enquanto pessoas com histórico familiar de Alzheimer têm maior probabilidade de desenvolver a doença. Outros fatores como hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, sedentarismo e tabagismo podem aumentar o risco da enfermidade.
Prevenção e Tratamento
Embora não exista cura para o Alzheimer, certas medidas podem ajudar a prevenir ou retardar seu desenvolvimento.
Manter uma pressão arterial saudável, controlar o diabetes, praticar atividade física regularmente e adotar uma dieta equilibrada são alguns deles. A estimulação mental, como ler, fazer palavras cruzadas, aprender um novo idioma ou tocar um instrumento musical, também podem ajudar a manter o cérebro ativo.
Manter contato com amigos e familiares e participar de atividades sociais pode ajudar a prevenir a depressão e o isolamento social. Por fim, ter um sono adequado é essencial para a saúde do cérebro.
É importante ressaltar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem melhorar a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer e seus cuidadores.
* Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (Re)conhecimento e Projeções Futuras
FONTES:
Portal Gov.br
Ministério da Saúde destaca a importância do diagnóstico precoce para evitar a progressão da doença, 21 SET 2024.
Portal da OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde
Mês Mundial do Alzheimer 2024: é hora de agir pelas pessoas com demência, 9 Set 2024