Essa é uma questão antiga e difícil de responder. As emoções são parte intrínseca das espécies, mas a capacidade de raciocinar e ter consciência desses sentimentos, de suas origens e consequências, são capacidades, até o momento e à luz da ciência, da espécie humana.
Um artigo recentemente publicado pela Harvard Business Review (revista de Julho – Agosto/2024 intitulado Um artigo recentemente publicado pela Harvard Business Review (revista de Julho – Agosto/ 2024), intitulado “When Your Employee Feels Angry, Sad, or Dejected” de Cristina Bradley, Lindy Greer e Jeffrey Sanchez Burks, nos ajuda a entender e desmistificar o tema. Leia a matéria completa no link https://hbr.org/2024/07/when-your-employee-feels-angry-sad-or-dejected?ab=HP-magazine-text-3.
Os sentimentos se manifestam em nossa vida cotidiana. Todos os dias nos levantamos num estado de espírito, que dificilmente será o mesmo ao longo do dia. Tudo depende de como nos relacionamos com outras pessoas, com nossos pets ou como somos expostos a situações interativas, como um filme por exemplo. Tudo isso pode afetar nossos sentimentos e nosso humor.
No ambiente de trabalho não é diferente. Estamos impregnados de sentimentos, mas nossa dificuldade de demonstrar emoções é imensa. Temos como regra inconsciente, que o local de trabalho não é um espaço para expressar esses sentimentos. E assim, essa interface nos relacionamentos profissionais torna-se quase impossível.
Com isso, as lideranças têm um desafio extra, num processo de auto percepção das próprias emoções e, sobretudo, dos sentimentos de seus liderados. Isso requer dos líderes um aprendizado de tomada de consciência, que não se limita apenas a promover um ambiente seguro a quem deseja expressar seus sentimentos confortavelmente. O gestor também deve manifestar interesse real em saber das inquietudes de sua equipe. Essa disposição passa por atitudes simples como, por exemplo, perguntar “como está seu dia hoje?”, estar disponível para uma conversa, reconhecer e elogiar uma ação do colaborador, mostrar empatia com suas emoções ou lhe fazer uma gentileza.
Como expresso no artigo acima, “Infelizmente a maioria dos gestores não consegue avaliar a situação corretamente, ou sequer reagir de forma positiva, a possíveis instabilidades de humor em sua equipe. Uma das dificuldades é que, erradamente, muitos líderes consideram pouco profissional discutir emoções no trabalho ou acreditam que não devem intervir em questões pessoais. Algumas pesquisas, no entanto, mostram o contrário: quando líderes reconhecem as emoções dos colaboradores, seu desempenho melhora em relação a equipes, cujos gestores não levam em consideração seus sentimentos.”
Assim, é preciso quebrar paradigmas e importante que as lideranças consigam interagir melhor com seu time. Nunca se falou tanto em saúde mental no ambiente de trabalho, como desde a pandemia de Covid-19. Esse tema merece atenção não somente das lideranças, mas de todos. Vale observar como os colaboradores interagem, se percebem o relacionamento da equipe como saudável e como são afetados pela cultura organizacional. A expressão de sentimentos de um time pode ser a chave para a leitura correta deste ambiente de trabalho, que, consequentemente, afetará os resultados da organização. Permita-se às emoções e será capaz de acolher os sentimentos de quem está ao seu redor.