Inovação em Finanças e na Indústria Farmacêutica

“Inovação é a capacidade de ver a mudança como uma oportunidade – não uma ameaça.” A frase do empresário americano Steve Jobs, cofundador da Apple, sugere como devemos encarar uma dificuldade, transformando-a em vantagem. Na mesma linha, o físico alemão Albert Einstein também usou toda sua genialidade ao cunhar a frase “Criatividade é inteligência se divertindo.”

Se voltarmos no tempo, é possível refletir como seria o mundo sem importantes invenções como a roda, a imprensa de tipos móveis, a eletricidade, o computador e a internet, para citar algumas. Criada provavelmente na antiga Mesopotâmia (atual Iraque) por volta de 3.500 a.C., a roda revolucionou o transporte, a agricultura (com carroças e arados) e a manufatura (com rodas de oleiro).

Originada por volta de 1440 d.C., a Imprensa de Tipos Móveis foi criada pelo alemão Johannes Gutenberg e possibilitou a produção de livros em massa. Ao acelerar a disseminação do conhecimento, a inovação impulsionou o Renascimento e o Iluminismo. A indústria da impressão também gerou empregos, riqueza e transformou a Alemanha no centro da revolução da informação da época.

Outro grande marco da história, o surgimento da eletricidade é atribuído aos americanos Thomas Edison e Nikola Tesla na década de 1880, transformando os Estados Unidos numa potência industrial moderna. A energia elétrica impulsionou fábricas, transportes (bondes elétricos), comunicações (telégrafo, telefone) e lares, melhorando a qualidade de vida e a produtividade.

Mais recentemente nos Estados Unidos, no século XX, o computador revolucionou a comunicação, o comércio, a pesquisa, a educação e praticamente todos os aspectos da vida moderna. O Vale do Silício, na Califórnia, se tornou um centro global de inovação tecnológica, gerando imensa riqueza e influência para o país. Por fim, a internet transformou a economia americana, criando indústrias, modelos de negócios e oportunidades de emprego. A rede mundial de sistemas facilitou a globalização, revolucionou a comunicação instantânea e o acesso a informações de tal maneira, que as novas gerações se perguntam como era a vida antes dela e dos computadores.

Os exemplos acima nos mostram que Michael Porter, acadêmico e especialista em estratégia empresarial, estava certo ao afirmar que “A inovação é o motor do crescimento econômico.” Na indústria farmacêutica, a busca por novas terapias e medicamentos melhora a qualidade de vida e gera crescimento econômico. Da mesma forma, no setor de finanças, a inovação tecnológica aprimora serviços, aumenta a eficiência e amplia o acesso a produtos financeiros.

A Dinamarca é um exemplo de como investimentos em inovação farmacêutica podem transformar a economia de um país. A gigante farmacêutica Novo Nordisk, conhecida por medicamentos como Ozempic e Wegovy, tem um papel central nesse cenário. Esses medicamentos, inicialmente desenvolvidos para o tratamento do diabetes tipo 2, ganharam destaque global como auxiliares no emagrecimento, elevando significativamente as vendas da empresa.

Em 2023, a Novo Nordisk registrou um aumento de 26% nas vendas, contribuindo para um crescimento de 1,8% no PIB dinamarquês. Sem a contribuição do setor farmacêutico, a economia teria contraído 0,1%. Além disso, a empresa investiu US$ 8,6 bilhões na expansão de sua planta em Kalundborg, transformando a cidade e gerando milhares de empregos. Esses investimentos elevaram a Novo Nordisk ao status de empresa mais valiosa da Europa, com um valor de mercado superior a US$ 600 bilhões.

O exemplo dinamarquês ilustra como a inovação no setor farmacêutico pode ter efeitos multiplicadores na economia. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) geram produtos de alto valor agregado, aumentam as exportações e criam empregos qualificados. Esses fatores contribuem para o crescimento do PIB e para a melhoria de indicadores sociais, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Países desenvolvidos, que investem consistentemente em inovação, tendem a apresentar economias mais robustas e sociedades com maior bem-estar. A Suíça, por exemplo, é líder em P&D per capita. O país combina alta qualidade de vida com um IDH elevado, o que reflete os benefícios de seus investimentos em inovação.

Em suma, quando aplicadas estrategicamente, criatividade e inovação podem transformar setores inteiros e impulsionar economias nacionais. O exemplo da dinamarquesa Novo Nordisk nos mostra o potencial de crescimento econômico associado à inovação na indústria farmacêutica. Da mesma forma, o setor financeiro pode melhorar a eficiência e a inclusão financeira, ao adotar tecnologias inovadoras e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável. Criatividade e inovação são pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de qualquer nação. Esperamos que sigam aliadas às boas ideias e a criações que tragam, cada vez mais, progresso para a humanidade. Que elas sirvam sempre para bons propósitos e finalidades positivas para o mundo. Esse ó nosso desejo.

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